Até ontem, se ouvíssemos falar do nome "banheiro gay" já aconteceria a associação imediata com os famosos "
banheirões" - lugar para 'caçar' parceiros sexuais masculinos - e toda a sua promiscuidade presente. Ledo engano.
Inaugurou no ultimo fim de semana o polêmico Banheiro Gay da escola de samba Unidos da Tijuca. Segundo Alexandre Calladini, integrante da Ala dos Ursos, de componentes gays, em entrevista ao portal de notícias
G1:
" O ambiente de uma escola de samba é majoritariamente gay, mas mesmo assim, quando um gay entra num banheiro masculino, por exemplo, sempre rolava um constrangimento. Os homens temiam uma abordagem, uma olhada mais demorada. Isso era ruim pra eles e pra gente também. Agora, como o banheiro gay teremos muito mais liberdade"
E o que era, teoricamente, para ser celebrado pela comunidade gay, transformou-se em polêmica pela militância LGBT:
“É uma sinalização seríssima de preconceito que pode chegar a violação aos direitos humanos.”,
declarou Claudio Nascimento,
presidente do Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT do Rio de Janeiro.
A ideia de que o espaço seria utilizado como os "banheirões" já conhecidos, ajudou a dividir ainda mais a opinião sobre o banheiro mais alegre do Brasil. Mas o fato é que, segundo representante da Escola, foi a própria comudidade (LGBT) que pediu pelo espaço.
Talvez o que tenha acontecido foi mais um mal entendido entre as partes ou uma mania, por vezes irritante, de perseguição.
Na minha opinião, o que existe mesmo é um preconceito interno de muitos gays com a promiscuidade masculina, classicamente taxada no meio, e a possibilidade de ser uma ação preconceituosa. É claro que o caso merece atenção, mas se pararmos para refletir: realmente a situação de transexuais, travestis e homossexuais é por muitas vezes constrangedora nos banheiros públicos e a utilização do mesmo na Escola é de uso facultativo. Portanto, porque não? Vai ser muito mais cômodo para os meninos se maquiarem e as trans se produzirem, com muito fervo e animação, é claro.
Confesso que fiquei curioso para conhecer de perto o Banheiro Gay e queimar a língua de muita beesha preconceituosa contra si mesma.